sábado, 12 de dezembro de 2009

Narrativa Nível II

Narrativa Nível II

1º lugar
Escola Estadual Ensino Fundamental Klemens Bley
Município: Rolante – RS
Nome do Aluno: Marina Zanoni Alexandre
Professora: Patrícia Grings
O livro
Essa história que vou contar teve início quando eu e a Franciele estávamos em casa, o alarme do carro disparou e meus pais estavam dormindo.
Corremos para a garagem, desliguei o alarme e nisso acabamos entrando dentro de um livro enorme. Este livro estava lá escondido e inflou com o toque do alarme.
Apesar de estarmos assustadas, resolvemos ir procurar o Portal Mágico para sair daquele lugar, onde só havia fantasia.
Vimos o Saci e perguntamos:
- Você sabe onde fica o Portal Mágico?
Ele respondeu:
- Saci só diz se ganhar presente. Vou receber presente se contar onde é o Portal?
- Claro que vai!
Ele desconfiou que não tínhamos presente e nos explicou o caminho errado. Fomos parar dentro de uma árvore misteriosa.
Nesta árvore encontramos o Pinóquio e perguntamos novamente:
- Você sabe onde fica o Portal Mágico?
- Claro que eu sei...
Nesse instante o seu nariz começou a crescer e já percebemos que era mentira. Subimos nos galhos e saltamos fora daquela árvore.
Em seguida, uma bruxa nos encontrou e fomos obrigadas a ir até a sua casa. Chegando lá, tivemos que lavar uma enorme pilha de louça e limpar a casa por dentro e por fora. Não tivemos outra saída podíamos virar sopa a qualquer momento.
Quando terminamos todo o trabalho, ela nos ordenou:
- Busquem lenha para que eu possa acender a fogueira.
Após buscarmos a lenha e acendermos o fogo, a bruxa nos jogou dentro da lareira. Que medo!
Subimos pela chaminé e nos salvamos daquela bruxa malvada.
Após sairmos de lá e atravessarmos uma ponte, fomos até a casa da mãe da Chapeuzinho Vermelho. Ela conseguiu algumas informações, não as necessárias para encontrar o Portal e sim para assustar mais.
Procuramos por Chapeuzinho Vermelho e não a encontramos. A Franciele teve a ideia de que poderia estar na casa da vovó, pois é lá onde ela adora ir.
Ao chegarmos, vimos a menina chorando, não sabíamos a razão. Perguntei:
- Por que está triste? Posso lhe ajudar em algo?
- Não obrigada. Olhe quem está sentado em cima do telhado...
Levamos mais um susto, era o Bicho Papão babando de vontade de nos pegar.
De repente, o relógio despertou e percebi que tudo foi um sonho.


2º lugar
Escola Estadual Ensino Fundamental São Francisco
Município: Tupandi – RS
Nome do Aluno: Larissa Heckler Cini
Professora: Solange Maria Cislaghi Artus
As bruxas gêmeas, super malvadas!
Em um castelo assustador, moravam duas bruxas. Elas eram gêmeas, a mais velha se chamava Merreca, ela que construiu o castelo onde elas moravam. Merreca tinha muitas berrugas pretas, seu nariz era bem comprido, sua roupa era como um pano de chão encardido. Ela amava a sua aranha Malandra, ela deu esse nome por ser bem malandrinha. Merreca gostava de assustar muito, muito mesmo, e fazer malandragem com sua vassoura e sua aranha.
Miroca era o nome da irmã mais nova. Ela gostava de ajudar sua irmã a assustar muita gente. Merreca e Miroca, usavam na cabeça um chapéu horrível e muito pontudo. O rosto de Miroca tinha menos defeitos que sua irmã. Ela adorava maquiagem preta, extremamente preta, não largava o seu batom, mas preferia sua vassoura. Por serem irmãs gêmeas, eram bem diferentes!
Em uma noite, as irmãs se reuniram na sala de jantar e começaram a fofocar:
- Miroca! Miroca! Essa noite vamos nos divertir!
-Legal! Que plano você bolou?
- Vou contar, é assim: um menino se acha o melhor e não acredita no poder das bruxas.
- Hum... E aí Merreca, o que vamos fazer?
- Nós vamos fazer uma poção e, amanhã, ele vai receber o que merece.
- Ta certo. Então vamos começar!, responde Miroca.
Para o bosque escuro e solitário foram elas voando, procurando o que colocar na poção. Depois de horas elas voltam para o castelo no meio daquele bosque.
Assim que chegaram, foram rapidamente para o porão dando gargalhadas e logo começaram.
Ao ficar pronto, o menino voltava da escola e elas estavam prontas e com ansiedade.
Quando o menino foi dormir, elas estavam indo em direção a casa dele, voando com suas vassouras. O menino estava na 4ª série, seu nome era Reginaldo.
As bruxas, chegando na casa de Reginaldo, jogaram a poção e tudo se transformou. Na manhã seguinte, os pais de Reginaldo vão trabalhar, eles não enxergavam o que as bruxas haviam feito. Eles enxergavam normalmente.
Reginaldo levantou com um sapo em cima da cabeça, levou um susto e deu um berro que quase engoliu o sapo. Ele levanta da cama assustado, as paredes da casa inteira escorriam sangue, no chão tinha cobras por todos os lados, morcegos voavam sem parar. Ele corre diretamente para a cozinha. Lá estava o pior, ele estava sentindo um cheiro ruim. Olhou para cima e no ventilador do teto tinha uma pessoa morta.
Ele saiu correndo de casa, então, as bruxas apareceram na frente dele, e ele passou a acreditar nelas.
Desde então, ele tem um amigo a mais, e muito especial, “o medo”. As irmãs dão gargalhadas de pura maldade e fazem a casa voltar ao normal.
As bruxas estão sempre aprontando por aí.
Merreca e Miroca vivem até hoje e moram ainda no seu castelo sombrio, por isso, tome muito cuidado e fiquem espertos!


3º lugar
Escola Estadual Ensino Fundamental Presidente Vargas
Município: Campo Bom – RS
Nome do Aluno: Monique Brito Lenha
Professora: Solange Soares
Chimarrão e Coca-Cola
Já era de manhãzinha. O sol raiava por entre as coxilhas dos pampas.
Estava decidido: iria pedir a mão daquela menina em casamento.
Ela é chinoca faceira, morena dos lábios avermelhados. Mais bonita que laranja de amostra! Sarita é uma moça estudada uma barbaridade: foi campear noutra querência, morou em São Paulo.
Será que vai dar certo? Ela é toda “modernidade”, enquanto eu não dispenso um fogo de chão...Ela vive com um tal de fone Mp3 no ouvido; já eu, adoro o som de uma sanfona...Eu como churrasco e adoro um chimarrão, enquanto Sarita como hamburger e toma uma tal Coca-Cola. O que eu mais gosto é dançar vanerão, e ela, só dança funk! Será que ela me aceita? Ou então, será que eu me acostumo? O jeito é eu esperar ela voltar para esse rincão.
Mas confesso que o que me deixa mais temeroso, é o fato de eu ser um simples peão. Será que ela vai olhar para mim?
Ah...! Se ela aceitar meu pedido, vai ser a chinoca maus feliz dos pampas!
Na festa do nosso casamento vai ter muita comida: churrasco, chimarrão, sashimi, angu, quindim, ambrosia, grôstoli, sagu... Ou até mesmo, se ela preferir, hambúrger com Coca-Cola! Tudo pra ela, tudo por ela: acho que é isso que se faz quando se está apaixonado...
Chega, enfim, o grande dia. Fui esperar por ela na estação, acompanhado pelo meu jeito simples.
Ao contrário do que eu pensava, ela sorriu ao me ver. Foi sorriso discreto, mas acho que quis dizer muito mais.
Havia ensaiado algumas palavras bonitas para dizer à ela, mas na hora não saiu nenhum som da minha boca. E não precisava ser diferente. Nosso silêncio acompanhado de nossa troca de olhares foi o suficiente para fazer daquele segundo, um momento maravilhoso...
Queria eu ter coragem e dizer em alto e bom som, para quem quisesse ouvir: EU TE AMO, GURIA!


Menção Honrosa
Escola: Colégio Luterano Concórdia
Município: Canoas – RS
Nome do Aluno: Dâmaris dos Santos
Professora: Arilene Sffair Vargas
O tempo pára e o gaúcho fala
Vitor, Luís e Cláudio eram três jovens gaúchos. Estudavam na escola mais famosa do bairro, a escola Catarinense. Eram moradores recentes de Santa Catarina. Mudaram-se por motivo do trabalho de seus pais. Amavam ser gaúchos pelo simples fato de serem muito respeitados por suas culturas, naquela região.
Em um dia de aula normal, a professora de historia pediu que cada aluno apresentasse um trabalho que falasse sobre a cultura de seu estado natal. Quando a professora acabou de explicar, os três gauchinhos trocaram olhares. Fizeram sinal um para o outro, significando que o encontro para o trabalho seria na casa do Vitor. Tudo certo!
No inicio da tarde, chegaram Luís e Cláudio na casa do Vitor. A primeira coisa que fizeram foi sorver um belo mate quente. Os três tinham orgulho desse costume, pois além de ser bom para a saúde, fazia-os lembrar do Rio Grande do Sul, de onde tinham muita saudade.
Chimarrões pra lá, pra cá, formaram uma rodinha onde trocavam ideias sobre o trabalho. Vitor queria que o assunto fosse sobre o chimarrão e sua origem, e Cláudio queria que fosse tratado da guerra dos Farrapos.
A mãe de Vitor vendo que eles iam acabar discutindo por causa do assunto, deu a ideia de o trabalho ser sobre as missões Jesuíticas. Os três aprovaram muito a ideia. Cada um ficou encarregado de uma parte do trabalho, como é de costume. Tudo resolvido, cada um voltou para sua casa.
No amanhecer do outro dia, os três já estavam no portão da escola, resolvendo os detalhes. Combinaram que a reunião sobre o trabalho desta vez seria na casa do Cláudio. Acabada a aula, foram direto para lá.
Era uma casa diferente. Seu pai tinha um a loja de livros antigos na parte da frente, e eles moravam na parte de trás.
Os três chegaram correndo, almoçaram e logo sentaram na grama com alguns livros da loja, contando um pouco da história de seu estado natal. Quando já estavam quase terminando de escrever as informações, apareceu um homem já idoso, com face e entonação de voz de índio. Ele estava à procura de uns livros de poesia. O homem sentou com os garotos na grama, fazendo muitas perguntas sobre o trabalho.
Os meninos ficaram muito curiosos para saber o motivo de tantas perguntas. Brevemente o homem se apresentou como Cacatu. Os meninos ficaram muito assustados, pois realmente, eles estavam fazendo um trabalho sobre as missões Jesuíticas e, na história dessa localidade havia um índio, guerreiro e forte, chamado Tiaraju e tinha um primo chamado Cacatu.
O Homem confirmou, realmente era ele. Seu povo estava em perigo de perder suas terras, por isso havia se deslocado das missões.
Os meninos ouvindo isso, não acreditaram. Pensaram que era tudo invenção do índio.
Ele, para provar sua história, lhes mostrou um velho colar de penas, com uma grande e brilhosa pedra. Lhes explicou que se todos acreditassem na história, o tempo voltaria na época das missões, e entenderiam as culturas e o trabalho de história iria ser enriquecido de informações.
Os três concordaram, encostaram um dedo na pedra, fecharam os olhos, acreditaram e tudo o que o índio disse, aconteceu.
Eles viram as missões ainda habitada, conversaram com outros índios. Tudo no início era bom, até os espanhóis aparecerem, os índios começaram a correr procurando abrigos, crianças chorando, mulheres protegendo seus filhos e pertences. Os quatro esconderam-se atrás de uma grande pedra, enquanto Sepé Tiaraju foi enfrentar os espanhóis. Todos que estavam naquele local ficaram com muito medo. Sepé, corajoso, ergueu seu arco e flechas e gritou:
- Essa terra tem dono!
E atirou flechas nos soldados.
Os espanhóis, revoltados, começaram a atirar lanças e uma feriu Sepé.
Cacatu correu logo ao encontro de seu primo e chorou muito, vendo que Sepé morreu. Nisso, pegou o colar como recordação e, em alguns dias seu tio, pai de Sepé lhe explicou a mágica função do colar.
Os meninos tristes e assustados, pediram ao índio para tudo voltar ao normal, como tudo estava antes. O índio ouvindo, atendeu ao pedido e todos voltaram.
Quando abriram os olhos, já estavam de volta. Agradeceram muito ao Cacatu, que por fim apresentou o trabalho com eles na função de participação especial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário