quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais dicas de Leitura

A Lei do mais Forte e outros males que assolam o mundo

Em A Lei do Mais Forte, Fernanda Lopes de Almeida, uma das mais importantes autoras da literatura infantil brasileira, trata, por meio de fábulas, os mais diversos temas da vida cotidiana, de forma clara e inteligente. Reformulando e transformando as poesias de La Fontaine, a escritora nos apresenta pessoas e animais enfrentando problemas e demonstrando reações, como desrespeito, avareza, prepotência, bajulação e injustiça.
Destacando uma, entre as 15 fábulas, A vingança do escaravelho, trata do rancor, fazendo o leitor se deparar com uma águia que desperta a ira de um escaravelho ao caçar uma lebre. Como punição pela morte da amiga, o escaravelho começa a quebrar, ano após ano, todos os ovos da águia, até a situação ficar tão insustentável que o Deus da Floresta tem de intervir. Após o julgamento dos fatos, os dois inimigos são sentenciados pelo deus de forma que o período de pôr ovos de um coincida com o de hibernação do outro, causando a insatisfação de ambos por não poderem ver seu inimigo castigado e cessando, assim, a “cadeia de vingança”.
Com esse grandioso universo de emoções, valores, escolhas, erros e acertos, a fabulista oferece aos leitores momentos de reflexão e belas lições de vida.
A Lei do Mais Forte, lançado em 2007 pela Editora Ática e reimpresso em 2009, conta com belíssimas ilustrações de Lúcia Brandão que fazem o leitor viajar nas gravuras pelo mundo multifacetado da autora.


Dicas de Leitura

Anjinho Jojó o pintor da Terra

Vencedor do prêmio Copene de Cultura e Arte – Literatura – 1999, Anjinho Jojó o pintor da Terra, de Iray Galrão, conta através de versos, a bela história de um anjinho trabalhador e muito desastrado chamado Jojó, que por acidente acabou tingindo o Céu de azul, o que acaba se desenrolando em várias tentativas de conserto, como pintar o Sol de amarelo para aparecer no azul, desenhar a Lua e estrelas para colorir a noite após o Sol adormecer... até Deus chegar. Para a surpresa do pequeno anjo, ao invés de dar uma bronca, Deus ficou encantado com o colorido de tudo aquilo e enviou todos os anjinhos à Terra para que pintassem o planeta, as plantas e os animais. Sobrando apenas os homens, que por serem os filhos favoritos de Deus deixaram os anjos com receio de pintá-los, até que Jojó resolveu ir até Ele e perguntar se os homens ele também podia pintar. Assim, pela falta de grandes quantidades de tinta, os seres humanos tiveram a pele pintada de várias cores “...para colorir o mundo, assim como fazem as flores” .
O livro, publicado pela Casa de Palavras com o Patrocínio da COPENE, apresenta ilustrações de Aruane Garzedin que, com sensibilidade e poesia, deu cores à narrativa, indo do cinza a um arco-íris de cores, cada vez mais vivas, com o avançar das páginas.