Categoria: Narrativa
Nível: III
Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Décio Gomes Pereira V.E.F
Município: Sapiranga
Nome do aluno: Carini de Souza Gomes
Série:8ª série
Idade: 14 anos
Nome da professora: Janie Teresinha Diefenthaeler
O Moço e o velho cego
Um moço dirigia-se ao trabalho; diariamente passava por um velho cego que pedia esmola à porta de uma loja. Nesse dia o moço quis enganar o velho.
O velho com a mão estendia, como sempre, pediu-lhe dinheiro. O moço muito esperto deu-lhe um bilhete de loteria pensando não ter valor algum.
O senhor, que não era bobo, perguntou-lhe o que lhe havia dado pois não era dinheiro. O moço rindo do velho, disse que era um bilhete de loteria e que se conseguisse chegar a lotérica poderia tentar a sorte. O moço saiu pensando ter conseguido enganar o velho pois ele não chegaria até a lotérica, era cego.
Quando o moço saiu, o velho não pensou muito e arriscou. Foi até a lotérica, não esperou na fila porque o caixa para deficientes físico o chamou. Ele pediu que conferisse os números. O caixa ficou muito surpreso e lhe falou que a partir daquele momento era o mais novo milionário, pois seus números eram corretos e ele o único ganhador!
MORAL: Não subestime a capacidade dos outros pela sua aparência ou deficiência física, pois quase nada influencia na capacidade que tem sua mente e coração.
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Escola Municipal de Ensino Fundamental Independência
Município: Rolante
Nome do aluno: Maitiele Pommer dos Santos
Série:7ª série
Idade: 14 anos
Nome da professora: Tatiana de Oliveira
A Lenda da Linha Pettry
Em 1930 nas mediações de onde moro (linha Pettry) existia uma escola que atendia 45 crianças, filhos de pequenos agricultores germânicos.
É bom lembrar que era o período da gripe espanhola e algumas crianças estavam doentes, outras não.
O que ocorreu naquela tarde fria de inverno, foi que muitos alunos não haviam feito o tema, o professor, que também era missionário da igreja, indignado com essas crianças deixou-as de castigo após a aula, para fazer o tema.
É interessante ressaltar que não existe energia elétrica e as crianças faziam o tema iluminados com lampiões de querosene, mas aconteceu um acidente com um desses lampiões dando início a um incêndio do qual, infelizmente o professor só conseguiu salvar 5 das 20 crianças que estavam de castigo. Inclusive, o professor morreu, pois quando ele entrou para retirar o resto das crianças, as lavaredas de fogo consumiram as paredes e o teto desabou em cima deles.
Desde então a Linha Pettry ficou marcada por essa tragédia, poucos lembram disso, somente os mais velhos. Este fato originou a construção de 5 cemitérios, pequenos nos quais as crianças foram sepultamentos.
Geralmente nos meses de Agosto e Setembro o cheiro de morte paira no ar. Inclusive 4 pessoas morreram tragicamente sem ninguém ver nada, na última década. Prefiro citar os nomes diante da minha pesquisa, para evitar especulações.
Reza a lenda, que pelos meses de Agosto e Setembro quem caminha pela linha Pettry e passeia sozinho na frente de um daqueles cemitérios pensa em morte ou em assuntos relacionados as almas perturbadas dessas crianças e do professor. A pessoa também vê surgir do nada, espírito mutilados por queimadura e esses estraçalharam corpo da vítima para levar a alma junto ao purgatório. Mas não se sabe o certo se estas não irão ficar vagando pela linha Pettry a espera da próxima vítima.
Como se trata de uma lenda e toda lenda tem um pouco de verdade, não aconselho ninguém a ficar caminhando por essa estrada sozinho, principalmente a noite!
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Escola Estadual de Ensino Fundamental Quatro Colônias
Município: Campo Bom
Nome do aluno: Andressa Colferai
Série:7ª série
Idade: 13 anos
Nome da professora: Ionara Hoffmeister
Ixê, Zumbi e o garoto perdido
Em um trágico acidente de avião, que caiu na floresta somente um menino sobreviveu.
Sozinho e perdido sem se saber para onde ir o garoto caminhava sem rumo.
Ele dizia consigo mesmo:
-Meu Deus! E agora o que eu faço?
Seguiu caminhando muito assustado pela floresta, quando se deparou com uma grande onça da onça. Começou a gritar desesperado, fugindo da onça:
-Socorro...! Alguém me ajudee...!
Quando já estava sem forças sentindo que ia ser devorado, surgiu na sua frente um guerreiro, que com sua lança matou a onça.
E o garoto perguntou:
- Quem é você?
Ele disse:
-Sou o Zumbi o guerreiro e este é o Ixê, minha lança amiga e companheira que me acompanha desde que coroado rei.
-E você garoto, que fazes por aqui?
E o garoto disse:
- Sobrevivi a um acidente de avião e me encontro sozinho.
Zumbi levou-o para a sua aldeia e o garoto cresceu aprendendo com ele a utilizar Ixê, seu amigo inseparável e os três juntos caçavam como se fossem pai e filho.
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Narrativa
Nível II
Escola: Municipal de Ensino Fundamental Presidente Castelo Branco
Município: São Francisco de Paula
Aluna: Jossuele Paiva pereira
Série:6ª série
Idade: 12 anos
Nome da professora: Ana Cândida da Silva
O trote
Uma velhinha morava sozinha numa casa, daí um menino ligou e passou um trote. Só que o telefone da velhinha tinha um identificador de chamada.
Então à noite, a velhinha liga para o número e diz:
-Alô!
-Alô! Responde a velhinha
-Quem esta falando?
-É o Rafa. - responde o menino.
A velhinha para assustar o menino diz:
-Alô! Aqui é a morte, eu soube que você estava passando trote com as velhinhas por isso vim te levar pelas redondezas.
E o menino assustado diz.
-Não, não! Não me leve por favor, eu nunca mais vou passar trote.
E no outro lado da linha a velhinha de matava de rir.
-Está bom! Mas é a últimavez que vou dar chance a outra nem ligo vou te levar.
No outro dia o menino nem passou pela casa da velhinha, atravessou a rua.
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Escola Municipal de Ensino Fundamental São Marcos
Município: Bom Princípio
Nome do aluno: Felipe Vogel
Ano: 6ºano
Idade: 12 anos
Nome da professora: Ligia Regina Angst
A África, meu pequeno Chaka
Meu avô é alto que nem o baobá e sábio como o marabu.
Ele conta histórias melhor que ninguém.
-Diga vovô, qual é a cor da África?
-É preta que nem a minha pele, vermelha que nem a terra, branca que nem a luz do dia, azul como a sombra da noite, amarela como a sombra da noite igual a folha da palmeira.
A África tem todas as cores da vida!
-Conte vovô, me conte o início, quando você era pequeno.
-O início, foi há muito tempo, bem antes de mim. Havia Kadidja e depois havia Lamba. Ela, pobre mas bela como o céu, ele, filho de rei e com o louco Tam-Tam, e eu, o primogênito deles.
-Ô vovô, quem era seu melhor amigo?
-Era Lawali-Travesso, ele não parava quieto, um verdadeiro macaco prego. Nós éramos tão unidos, sempre juntos nas brincadeiras e na caça. Para as besteiras também.
-Conte-me dos seus antepassados.
-Meus antepassados, tinham o coração tão claro, por isso o espírito deles continua a viver no meio de nós. Um dia também irei para o país, onde o sol não se põe, o baú dos ancestrais.
-E você não se esquecerá de mim...Mas vovô, eu não quero que você morra, nunca!
-A morte, é uma roupa, que todo mundo vestirá, mas amanhã ainda está longe e tenho diante de mim dias, meses e anos, para lhe contar outras histórias que o farão guardar no coração a memória da África.
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Escola Municipal de Ensino Fundamental Klemens Bley
Município: Rolante
Nome do aluno: Jenifer Pospichil Alves
Série:5ª série
Idade: 10 anos
Nome da professora: Patricia Grings
Chupim e tico-tico
Em uma manhã a fêmea do chupim, muito esperta, avistou um belo ninho. Tinha vários galhos e uma ótima forração para ficar fofinho. Colocou seu ovo neste ninho de tico-tico e disse:
-Coloquei meu ovo no ninho do tico-tico, assim não precisarei chocá-lo e alimentar o filhote quando nascer.
Veio a fêmea do tico-tico e começou a chocar seus ovos, sem saber que no meio deles havia um ovo de chupim. Sorte que dessa vez, quando o filhote do chupim nasceu, não empurrou os outros ovos pra fora do ninho, já que o ovo do chupim sempre descasca primeiro.
Quando os filhotes do tico-tico nasceram, foram ver a mãe deles. Foi quando deram de cara com o chupim. Um deles disse:
-O que você está fazendo aqui junto com a nossa mãe?
O chupim respondeu:
-Eu nasci aqui, então sou filho dela.
Tico-Tico retrucou:
-Não é não, você não tem as pessoas da mesma cor, não tem o mesmo nome e nem o seu tamanho é igual ao nosso! Além do mais nosso ovo era manchadinho e o seu branco. Só a mãe que não percebeu.
A mãe disse:
-Chega com essa gritaria aqui na minha casa. Os dois pássaros paravam de gritar. Ela imediatamente continuou:
-Vamos resolvi isso! Os dois são meus filhotes e ponto final.
-Eu não aceito. -Afirmou o tico-tico.
-Pois eu sim. Nós somos irmãos de sangue, nascemos, nascemos da mesma ninhada. -Disse o chupim.
O tico-tico não gostou da ideia. Chegou o pai e disse:
-Quem é esse pássaro?
-Eu sou o seu filho chupim, muito prazer -Respondeu o chupim.
-Que prazer que nada, ele é um irmão impostor.-Alertou o tico-tico.
-Não é impostor não, eu o choquei e o criei, portanto ele é nosso filho.- Disse a mãe.
-Está bem, com sua mãe eu não discuto. Então o chupim fica. -Disse o pai.
Então a família Tico-Tico foi passear na casa da família Andorinha. Chegando lá, logo a mãe andorinha se assustou e falou:
-O que é isso cumadre? Esse teu filho maior é teu!
-Claro que é, pelo menos não sou eu que aproveito os ninhos de João-de-barro vazios para colocar mês ovos, assim como certos pássaros que eu conheço.
Para a andorinha só restou falar:
-Tem pássaro que é cego porque gosta, é fácil só ver o que queremos. Pensando bem... cada um sabe da sua vida.
Mãe tico-tico chamou seus filhos e foram embora. Já estava na hora de retornar ao lar.
Os filhotes de tico-tico tiveram que aceitar o chupim como irmão, como filhotes da mesma mãe e do mesmo pai.
O chupim recebeu o maior carinho e afeto dos seus novos pais. Afinal de contas, essa história não se trata do que é certo e errado, mas de uma estratégia de sobrevivência, algo comum entre os seres vivos na luta pela vida.
Além do mais, se o tico-tico chocou o ovo, cuidou dele...quem poderá dizer que não faz parte da família?
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Narrativa
Nível I
Escola: Escola Estadual de Ensino Fundamental Pio XII
Município: Bom Princípio
Nome do aluno: Rafael Rocha de Lima
Série: 3ºano
Idade: 8 anos
Nome da professora: Nisie C. B. Cavalheiro
Categoria: Narração
Onça Pintada
Era um vez, há muito tempo mas há muito tempo atrás, uma onça sem pinta.
Ela reclamava quando falava com alguma onça:
- Ah, eu não tenho pintas.
Quando olhavam para a onça falavam:
- Ah, que onça sem graça, não tem pintas!
No dia seguinte ela foi passear pela floresta até ficar escuro.
A onça nem foi para casa, dormia ali mesmo no chão. Amanheceu e ela acordou com aquela preguiça. Um macaquinho ficou com pena e servia até o café da manhã. Ele levou a onça a lugares que ela nem conhecia. Ela disse para o macaquinho:
- Você pode fazer um favor?
O macaquinho disse:
- É claro! Mas qual vai ser?
-Meio grande! Disse a onça.
- Tá, mas qual?
- Eu quero pintas.
- Ah, eu tenho uma ideia, tem uma árvore que tem tinha preta!
A onça bem faceira disse:
- Posso ir na sua garupa?...A onça disse:
- É claro!
Quando chegaram na árvore pegaram um monte de tinta e colocaram na onça. E ficou onça pintada.
A onça ficou feliz da vida e agradeceu:
Muito obrigado!
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Escola Municipal de Ensino Fundamental São José
Município: Bom Princípio
Nome do aluno: Eloísa Bonfati Winter
Ano/série: 2ºano
Idade:8 anos
Nome do professor: Ingrid Schuh Winter
A festa
Era uma vez uma borboleta que queria organizar uma festa de seus 12 anos de vida. A borboleta pediu ajuda para os seus amigos: a cobra, o pássaro e a aranha.
A festa ficou tão, tão, mas tão linda que a borboleta ficou muito feliz. Ela convidou até os animais que a ajudaram na organização. As bebidas seriam água e chá e as comidas seriam cachorro-quente e a torta.
Durante a festa teve uma surpresa! Os convidados aranha, cobra e o pássaro ganharam um lindo CD onde estava gravada a festa.
Os animais gostaram muito do CD e guardam até hoje. Todos estavam muito contentes e se divertiram. Depois de tanta bagunça dormiram muito bem e a noite toda.
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Escola Pindorama
Município: Novo Hamburgo
Nome do aluno: Pedro Griebeler Oliveira
Ano/série: 4ª série C
Idade: 10 anos
Nome da professora: Keli Luz
O Urubu
Todos sabem da existência de urubus nos topos de prédios em Novo Hamburgo.
Meu pai contou mais de uma vez que, no prédio da Receita Federal, onde ele trabalha existem muitos urubus.
Meu pai mora em uma cobertura alta, com uma linda vista da catedral e com piscina. Meu pai mantém como lembrança na piscina um patinho de plástico que eu costumava brincar quando criança. Há algumas semanas notamos a presença de um urubu no muro da cobertura. Ele retornava todos os dias. Tinhamos que manter portas e janelas fechadas. Meu pai enxotava o urubu todos os dias, mas nada adiantava.O urubu não tirava os olhos do pato. Fim de semana passado, ao abrir a porta do terraço, vimos o urubu boiando na piscina.
Moral: Nem tudo que boia é pato.